domingo, 12 de junho de 2011
O Aniversário de Glorinha...***
(image google)
Todo dia 13 de junho era assim... o primeiro Parabéns era a dona Marina, que cobria Glorinha de beijos e abraços.
Nossa pequena sempre amou fazer aniversário, pois, sentia-se acarinhada e guardava no peito as palavras da mamãe, que insistia em dizer que o aniversário da gente deveria ser o momento mais feliz... porque Deus abria mão de um de seus anjos para abençoar o universo com sua presença...
Os dias passaram rapidinho, e como diria a vovó Maria, "foi num piscar de olhos" e lá estava Glorinha outra vez no dia 13 de junho...
Naquele ano dona Marina estava com o coração apertado, pois, sabia que Glorinha esperava com ansiedade a hora do parabéns.
Desde pequenina jamais lhe faltou esse momento, pois, a mamãe sempre dava um jeitinho de agradar seus filhotinhos... Mas, nesse ano ela havia sonhado algo especial, que infelizmente não poderia fazer devido ao momento difícil que atravessava . Sua saúde precária dificultou seu trabalho e também a possibilidade de uma festa para os amiguinhos de Glorinha.
A pequena chegou da aula cheia de novidades, e curiosa abriu a geladeira em busca do tão sonhado bolo... Olhou em cima... olhou em baixo... e nada...
Será que ela esqueceu...??? pensou Glorinha...
Dona Marina vendo o olhar curioso da filha, ficou apreensiva e resolveu explicar:
- Filha, você sabe que a mamãe sempre quis o melhor para vocês , não sabe???
Glorinha balançou a cabeça dizendo que sim...
- Você ficaria muito triste se ano fosse diferente dos outros? Se não houvesse presente... - disse dona Marina com olhos rasos d'agua.
Glorinha olhou a mãe e abraçou apertadinho. A pequena não entendia muito bem, mas, sabia que ver a mamãe chorar não era nada bom...
No finalzinho daquela tarde dona Marina preparou um bolo simples e seus famosos sanduiches... tudo simples... mas, feito com muito carinho...
Era para poucos... que significavam muito...
Em volta da mesa estavam Susana, Pedro e mamãe para cantar o parabéns de Glorinha...
As luzes se apagaram e somente as velinhas tomaram conta do local... Glorinha olhou aquela cena tão simples mas, tão cheia de amor... e compreendeu que não haveria no mundo presente melhor que aquele...
Foi um dos aniversários mais simples que ela teve... mas, foi o mais significativo... não pelo que havia na mesa, mas, pelo amor que os cercavam...
* Eu não saberia escrever esse texto com maiores detalhes... mas, sei dizer a emoção e a lembrança que ele me traz...
Já tive muitas festas ... mas, a única que me vem à lembrança quando fecho os olhos é justamente a mais simples, que foi feita com o melhor que ela podia me oferecer naquele momento...
Minha mãe sabia transmitir amor como ninguém...
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Que coisa mais linda isso e realmente o que importa é a emoção e o carinho que temos ! beijos,PARABÉNS! chica
ResponderExcluirM'el, menina, maravilhosa mulher.../ E'squeci de comprar / L'indo presente para te oferecer...// B'em, paz, luz, saúde, felicidade, alegria... / R'aras e preciosas estas coisas são... / A's desejo para sempre na tua vida / G'rato é o meu coração / A'bençoado e feliz aniversário, Mel querida! (Ana)
ResponderExcluirMel,que bela e comovente história!De fato as coisas mais simples são geralmente as mais significativas em nossas vidas!Lindo demais seu texto!Bjs,
ResponderExcluirMélzinha, sempre gostei de festejar meu aniversário. Adoro uma festança e me comovi com a sua crônica, pois como você eu também me lembro da minha mãe com seus poucos recursos fazer o meu bolo e os docinhos, e a parentalha reunida que beleza.~Penso que as mães sabem como aquecer o coração dos filhos como ninguém. Saudades tão boa está, não é mesmo?
ResponderExcluirMel minha querida Mél: uau! Grande alegria em ler seu comentário, lá na Agenda Cultural Piracicabana. Esse tempo que nos aprisiona, e dificulta nossas amizades, mas "amiga" verdadeira sabe: o quanto o tempo nos escravisa,não é mesmo? Obrigada pela leitura e pela visita!
Abraços Poéticos desta CaipiracicabANA Marly de OLiveira Jacobino
Mélzinha: estivemos tão próximas e ao mesmo tempo tão longe!Paraty estava fervilhando de conhecimento a céu aberto. Saudades e obrigada pelo comentário tão amigo na Agend@ Cultural. De fato, a Flip sempre vale a pena para quem vai explorar o conhecimento e beber do seu banquete antropofágico. Beijos carinhosos desta CaipiracicabANa Marly de Oliveira Jacobino
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